segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Sem DEUS desgraça pouca é rara!


Causa-me espanto perceber o quanto se amontoa as “desgraças” na vida das pessoas que ainda não conhecem a Graça do SENHOR.
Neste último final de semana DEUS me deu a oportunidade de fazer algumas visitas na casa de pessoas que ainda não vivem sob a plenitude da graça DELE.
Mas antes de partir para fazer as visitas me pesou o sentimento de ir comprar mais material infantil: revistinhas de pintar com temas cristãos, de historinhas e lápis de cor.
Estavam comigo o pastor Valdeci, da nossa igreja do bairro Nova Fronteira e seu filho.
Depois de comprarmos o material infantil nos dirigimos às visitas, seguindo o apontamento do pastor Valdeci de quais casas iríamos visitar.
Em uma das casas que visitamos pude constatar a opressão daquela família. Onde a dona da casa é uma senhora, já de idade e com câncer.
Se não bastasse o câncer, vivem em uma pobreza dolorida e sustenta em casa cerca de 7 a 8 crianças (eram tantos que não consegui fazer a conta direito), todos netos.
Se ainda fosse pouco, o pai de alguns daqueles pequenos, genro da dona da casa, havia sido assassinado a algumas semanas.
Enumero o que percebi naquele lugar:
1) >Pobreza
2) >Doença
3) >Morte
O material infantil que trouxemos foi a conta para a garotada, que ficaram radiantes de alegria.
Para os que sabiam ler deixamos livros de historinhas e também bíblias.
Tão simples e tão pouco o que eles receberam diante de tanta alegria que demonstraram.
Entregamos também naquela casa alguns mantimentos que tínhamos na mão para distribuir.
Oramos e deixamos o principal, a benção de DEUS sobre aquela família.
Entramos no carro e eu comecei a pensar naquela situação.
Problema em cima de problema!
Penso que o Espírito Santo chora por estas pessoas que precisam conhecê-lo para se liberar deste amontoado de desgraças.
Mas tenho entendido que não adianta levar o alimento da alma sem levar o alimento do corpo a estes que precisam, como penso estar exposto na palavra de DEUS em Tiago 2:15-17.
Tiago 2
15 E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano,
16 E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?
17 Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
Eu acredito com todas as forças que se nós fizermos um pouco desta atividade tão gratificante que é evangelizar, e ainda a estes, que além da necessidade da Graça de DEUS, tem a falta do mínimo, portanto estão vendo muito além do horizonte a dignidade de suas vidas. O SENHOR é Poderoso para fazer, e ainda nos usando como instrumentos, a transformação e resgatar a dignidade de ser humano, que foi criado para ser recipiente do Espírito Santo de Deus.
Entendo que a GRAÇA é para todos, mas a GRAÇA precisa ser levada através dos lábios de quem já a conhece.
Acredito no poder da Palavra de Vida que recebemos de Cristo. Acredito também que ao pronunciarmos esta Palavra Vivificante num ambiente de “desgraça”, a semente necessária para transformação daquele ambiente é lançada.
Em outra visita ainda, fomos à outra casa bem humilde e nesta o dono da casa havia falecido a pouco. E moram na casa uma senhora com seu pequeno filho e a mãe bem idosa.
Procedemos da mesma maneira, com o material infantil a Bíblia e o alimento.
Mas novamente percebi a mesma conjunção de dificuldades:
1) >Pobreza
2) >Doença
3) >Morte
Quando partimos Dalí o pastor Valdeci, depois de um breve momento de meditação, falou:
“Pastor Gláucio, este povo que visitamos recebe apenas visita de político em época de eleição e mais nada.”
Caríssimos servos do SENHOR, que tem o conhecimento da verdade e já receberam a Graça de DEUS mediante a fé em Jesus Cristo.
Não posso crer que a unção de restauração é apenas para alguns poucos privilegiados.
Acredito que a unção descrita em Isaías 61:1-4 serve pra mim e também pra você.
Não peço que se torture ao comer, lembrando que muitos não têm o que comer naquele momento. Não peço que se perturbe demasiadamente ao verificar o quanto DEUS tem te presenteado enquanto outros que não o conhecem estão se definhando.
Sugiro apenas que partilhe do seu tempo, da sua dispensa, do amor que ELE te entregou, pois creio que o que ELE tem nos feito não é para ficar guardado em nossa mão. Mas para mostrar o Amor DELE em nós aos que ainda não o conhecem para que possam também crer.
Peço encarecidamente que leia o texto abaixo em voz alta e se possível se olhando no espelho:
Isaías 61
1 O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos;
2 A apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;
3 A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do SENHOR, para que ele seja glorificado.
4 E edificarão os lugares antigamente assolados, e restaurarão os anteriormente destruídos, e renovarão as cidades assoladas, destruídas de geração em geração.

Missões Urbanas II


Para reflexão:
Mateus 25:35 “Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber...”

Compartilhando mais experiências:

No sábado dia 30 de Janeiro , Sany e eu, tivemos que organizar uma operação de guerra.
Um jovem amigo resolveu que queria investir certa quantia para montarmos 30 sacolões para doação juntamente com 40 bíblias.
A atividade consistiria em distribuir os sacolões e bíblias para pessoas carentes.
Mas como toda atividade requer um esforço e neste quesito eu dou graças ao meu Bom DEUS que me presenteou com uma esposa corajosa e lutadora, pois trabalhamos um bocado (obs: acredito que demorei muito tempo pra reconhecer isso).
Levantamos as 6:00 hrs da manhã do sábado para fazer as compras no atacado.
Sany terminou de fazer as compras eram umas 10:00 hrs da manhã e para levar tudo pra casa foram 3 viagens de carro.
Em seguida, foi a hora de comprar as bíblias .
A tarde nos envolvemos num mutirão dentro de casa (meus pequenos filhos participaram ativamente) para empacotar os sacolões e embrulhar as bíblias para presente.
Também compramos revistinhas bíblicas de pintar e caixas de lápis de cor para distribuir para as crianças nas casas que visitaríamos.
No domingo, o grande dia, a distribuição!
Dividimos em dois carros e começamos a jornada.
Eu e Sany, saímos com os meninos e contamos com a ajuda de uma irmã abençoada que nos ajudou nas entregas.
Em uma das casas que visitamos pude ver o efeito do trabalho quando entreguei para uma criancinha de uns 3 anos um pequeno kit, com revistinhas e lápis de cor.
Ela pulou nos meus braços toda sorridente e alegre com o presente.
Em outra casa, tive que fazer um esforço adicional para subir com o pesado sacolão, que ao todo pesava em tordo de uns 20 kg, um morro para chegar até uma humilde residência de uma mulher que ainda não conhece a Cristo da forma que conhecemos.
Ali, entregamos a Bíblia, oramos por ela e mostramos um pouco do amor de DEUS.
Ela vive sozinha com sua filha de uns 8 anos que ficou alegríssima com a revistinha e o lápis de cor.
Entregamos em outras casas e ainda sobrou mais para entregar no próximo final de semana.
Descrevo esta breve história não para parecer que sou bom em alguma coisa (na verdade não sou - careço a cada dia mais da misericórdia DELE), mas apenas para deixar registrada a minha alegria de poder ter servido na logística deste propósito e também para te motivar a fazer o necessário para levar a palavra de DEUS aos esquecidos.

Abaixo tomo a liberdade de copiar as palavras de uma mulher lutadora que li na revista MCM POVOS deste mês e me chamou a atenção, pois a coragem dela foi muito maior que a minha :

“...Meu DEUS, por livre escolha e por amor, desejo permanecer aqui e fazer o que a TUA vontade exige de mim. Não voltarei atrás! A minha comunidade são os pobres, A sua segurança é a minha. A minha casa é a casa dos pobres.
Não apenas dos pobres, mas dos mais pobres dos pobres. Daqueles de quem as pessoas não querem aproximar-se com medo de doença e da porcaria, por que estão cobertos de vermes.
Daqueles que não vão orar, por que não podem sair nus de casa. Daqueles que já não comem, porque não tem força para comer. Daqueles que se deixam cair pelas ruas, conscientes de que vão morrer, e ao lado dos quais os vivos passam sem lhes prestar atenção. Daqueles que já não choram, porque se lhe esgotaram as lágrimas; dos intocáveis”.
Esta mulher em 1979 recebeu o prêmio Nobel da Paz e falou no seu discurso perante o mundo:
“Eu agradeço o prêmio em nome dos famintos, dos sem casas, dos leprosos, e de todas essas pessoas que se sentem não desejadas, pessoas que se tornaram um fardo para a sociedade e evitadas por todo mundo. Cristo veio para trazer as boas novas para mim e para você. E como se isso não fosse suficiente, ELE morreu na cruz para mostrar seu imenso amor, e ELE morreu por você e por mim e por aquele leproso, e por aquele homem morrendo de fome e por aquela pessoa nua deitada na rua não só em Calcutá, mas da África, e de Nova Iorque e Londres... E insistiu que amássemos uns ao outros como Ele amou a cada um de nós” (Madre Tereza de Calcutá)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Experiência Interessante

A experiência que segue preciso narrar, pois gerou mudança em mim.
Ontem, quinta-feira dia 14/01/2009, eu estava em consagração e durante o dia sentia um vazio que não sabia explicar (não era fome!!! rsrs).
Conversei com o Agnaldo, colega de trabalho e missionário da Igreja Assembléia de Deus – Projeto Família que fica na região do Posto Zero em Várzea Grande.
Na conversa falei que eu precisava fazer algo e não sabia o que era e ele me falou imediatamente para ministrar a palavra no culto em sua igreja a noite.
A igreja do Agnaldo trabalha exclusivamente com prostitutas, travestis e drogados que estão perdidos naquela região.
Eu me enchi de ânimo, fui pra casa orar por volta do meio-dia e DEUS me conduziu a uma mensagem a partir de Romanos 5:6 até o verso 21.
Fui ao culto, ministrei a palavra e o culto foi uma benção. No entanto o que quero deixar registrado não é a ministração das pessoas por meu intermédio, e sim a ministração que recebi após o culto, contada nas próximas linhas deste texto.
No final do culto fui convidado a sair com a equipe de evangelismo e isso já era 21:30 horas.
Deixei minha esposa em casa e retornei rapidamente, instigado por aquela oportunidade. Apesar de sentir uma sensação de bloqueio, de não querer ir.
Quando cheguei a igrejinha novamente minha primeira surpresa foi encontrar vários jovens de outras igrejas lá, esperando para começar o evangelismo.
Havia pessoas da Presbiteriana e também da Batista.
 Saímos em equipes, todos empunhando panfletos e convites para um jantar (gratuito) que vai ocorrer no sábado destinado àquelas pessoas.
Na equipe em que eu estava, estavam também o Agnaldo e mais duas jovens da Igreja Presbiteriana.
Logo nos primeiros 200 metros de caminhada encontramos uma jovem parada debaixo de um poste de luz para se prostituir.
Fiquei novamente surpreso com a desenvoltura daqueles que estavam comigo, para abordar as pessoas na rua.
As jovens presbiterianas, já chegaram com todo ânimo, abraçaram a “prostituta” e falaram de Jesus com muita ousadia.
Descobrimos que a garota é desviada da Assembléia de Deus, então oramos por ela e entregamos o convite.
Logo mais adiante outro grupo de prostitutas, onde algumas ao nos ver saíram correndo para o outro lado da rua, enquanto outras nos receberam bem.
Enquanto o Agnaldo e eu (mais o Agnaldo do que eu) ministrávamos para uma, as duas jovens que nos acompanhavam ministraram pra mais duas pessoas.
Seguindo a orientação do Agnaldo, fomos por uma rua muito escura e lá encontramos um grupo de travestis e junto deles uma das nossas equipes estava ministrando.
Um dos travestis estava totalmente nu e uma das jovens que estavam conosco ministrou e abraçou.
Lembro bem, quando um dos travestis, falou que estava com vergonha da sua nudez diante da nossa presença.
Como encontramos uma de nossas equipes, percebemos que as redondezas já tinham sido ministradas e voltamos para a igreja.
Conto esta história para que eu não me esqueça do que senti com aquela experiência, do tremor da minha mão ao entregar um folheto e falar de Jesus. Algo que às vezes faço com tanta eloqüência dentro de uma reunião de família ou no próprio templo.
Mas ali, me senti incompleto diante daqueles jovens que com muita coragem levam o AMOR de JESUS a pessoas que se sentem totalmente excluídas. Que acreditam que não tem nenhum valor. Que consideram a si próprias como algo muito mínimo, ou na expressão que ouvi de uma delas falando: “Sou assim mesmo...”.
Percebi o quão superficial eu tenho sido até aqui na minha Fé em Jesus e em meu ministério. E mais ainda, o quão preconceituoso eu era até o preconceito ter sido quebrado a força, pela pratica do amor. Não a minha prática, mas daquele grupo de pessoas que se esforçam literalmente em resgatar perdidos.
Resgatar pessoas que nem todo mundo quer resgatar.
Buscar pessoas e aceitar pessoas que nem todo mundo quer aceitar.
DEUS é melhor do que eu podia imaginar, pois vi o AMOR de DEUS com meus próprios olhos sendo ministrado naqueles becos e ruas escuras. E percebi que meu repudio enrustido era dirigido às pessoas e não ao pecado (eu acreditava que sabia até estar lá na prática!).
Saí deste acontecido com um senso de dever cumprido, com uma alegria diferente. Mas acima de tudo, entendi que fui chamado ali, pelo Espírito Santo, para que eu fosse ministrado pelo AMOR DE DELE afim de que as barreiras em mim fossem quebradas.
Que o SENHOR JESUS seja louvado.